SÍTIO MANACÁ RPPN, UM SONHO ANTIGO DE UM AMANTE DA LITERATURA E DA NATUREZA

...Desde criança fui fascinado pela vida rural, maravilhado com o colorido dos pássaros, com as figueiras e jequitibás, os ipês, pelo Paraíba rolando, levando aguapés, corroendo as margens, avançando pelos arrozais. O meu maior medo era do fogo: um raio, uma combustão natural, um cigarro aceso. Ah, as roçadas! O fogo proposital. Eu ficava angustiado... Nas feiras livres, a curiosidade percorria aqueles frutos de nomes estranhos, como grumixama, cambucá, siputá. Folhagens como beldroega, ora-por-nóbis, caruru, taioba. Tudo me maravilhava. As férias eram a época mais esperada. A fazenda 7 voltas. A casa velha, o paiol, o pomar, os pastos e a mata intocada. De lá vinha a água, límpida, transparente e frígida. A comida me sabe bem até hoje. Comida caipira. Angu e feijão tropeiro, galinha com quiabo. O ribeirão cortava a propriedade, com cachoeiras, demorando nos remansos onde abundavam lambaris e acarás... Compramos um sítio em 1996. Era de 25 alqueires. Pura braquiária. Uma desolação. Gostamos da localização e do terreno em si. Zona rural de Guaratinguetá, bairro dos Lemes. Construímos no meio da serra da Mantiqueira...começamos um trabalho insano de conseguir mudas e de plantá-las. Por baixo, foram mais de 20.000 mil mudas. Perdemos muitas. Principalmente em período de estiagem. Continuamos plantando árvores nativas. Agora, raridades, como a jabuticabeira branca. Hoje temos uma floresta e nos tornamos uma RPPN. É rara no Vale do Paraíba. Ócio e riqueza não fazem uma floresta. Pedi conselhos aos mais velhos, experientes, conhecedores do mato e dos animais. Começamos a entender as árvores, sua linguagem secreta e hoje elas retribuem formosamente.

Fernando Freire

SÍTIO MANACÁ RPPN, UM SONHO ANTIGO DE UM AMANTE DA LITERATURA E DA NATUREZA

...Desde criança fui fascinado pela vida rural, maravilhado com o colorido dos pássaros, com as figueiras e jequitibás, os ipês, pelo Paraíba rolando, levando aguapés, corroendo as margens, avançando pelos arrozais. O meu maior medo era do fogo: um raio, uma combustão natural, um cigarro aceso. Ah, as roçadas! O fogo proposital. Eu ficava angustiado... Nas feiras livres, a curiosidade percorria aqueles frutos de nomes estranhos, como grumixama, cambucá, siputá. Folhagens como beldroega, ora-por-nóbis, caruru, taioba. Tudo me maravilhava. As férias eram a época mais esperada. A fazenda 7 voltas. A casa velha, o paiol, o pomar, os pastos e a mata intocada. De lá vinha a água, límpida, transparente e frígida. A comida me sabe bem até hoje. Comida caipira. Angu e feijão tropeiro, galinha com quiabo. O ribeirão cortava a propriedade, com cachoeiras, demorando nos remansos onde abundavam lambaris e acarás... Compramos um sítio em 1996. Era de 25 alqueires. Pura braquiária. Uma desolação. Gostamos da localização e do terreno em si. Zona rural de Guaratinguetá, bairro dos Lemes. Construímos no meio da serra da Mantiqueira...começamos um trabalho insano de conseguir mudas e de plantá-las. Por baixo, foram mais de 20.000 mil mudas. Perdemos muitas. Principalmente em período de estiagem. Continuamos plantando árvores nativas. Agora, raridades, como a jabuticabeira branca. Hoje temos uma floresta e nos tornamos uma RPPN. É rara no Vale do Paraíba. Ócio e riqueza não fazem uma floresta. Pedi conselhos aos mais velhos, experientes, conhecedores do mato e dos animais. Começamos a entender as árvores, sua linguagem secreta e hoje elas retribuem formosamente.

Fernando Freire

SÍTIO MANACÁ RPPN, UM SONHO ANTIGO DE UM AMANTE DA LITERATURA E DA NATUREZA

...Desde criança fui fascinado pela vida rural, maravilhado com o colorido dos pássaros, com as figueiras e jequitibás, os ipês, pelo Paraíba rolando, levando aguapés, corroendo as margens, avançando pelos arrozais. O meu maior medo era do fogo: um raio, uma combustão natural, um cigarro aceso. Ah, as roçadas! O fogo proposital. Eu ficava angustiado... Nas feiras livres, a curiosidade percorria aqueles frutos de nomes estranhos, como grumixama, cambucá, siputá. Folhagens como beldroega, ora-por-nóbis, caruru, taioba. Tudo me maravilhava. As férias eram a época mais esperada. A fazenda 7 voltas. A casa velha, o paiol, o pomar, os pastos e a mata intocada. De lá vinha a água, límpida, transparente e frígida. A comida me sabe bem até hoje. Comida caipira. Angu e feijão tropeiro, galinha com quiabo. O ribeirão cortava a propriedade, com cachoeiras, demorando nos remansos onde abundavam lambaris e acarás... Compramos um sítio em 1996. Era de 25 alqueires. Pura braquiária. Uma desolação. Gostamos da localização e do terreno em si. Zona rural de Guaratinguetá, bairro dos Lemes. Construímos no meio da serra da Mantiqueira...começamos um trabalho insano de conseguir mudas e de plantá-las. Por baixo, foram mais de 20.000 mil mudas. Perdemos muitas. Principalmente em período de estiagem. Continuamos plantando árvores nativas. Agora, raridades, como a jabuticabeira branca. Hoje temos uma floresta e nos tornamos uma RPPN. É rara no Vale do Paraíba. Ócio e riqueza não fazem uma floresta. Pedi conselhos aos mais velhos, experientes, conhecedores do mato e dos animais. Começamos a entender as árvores, sua linguagem secreta e hoje elas retribuem formosamente.

Fernando Freire

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O QUE É
UMA RPPN

RPPN
(Reserva Natural do Patrimônio Particular).
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